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5 de setembro de 2023Simples Nacional impede que Estado pese ainda mais sobre a vida das empresas
Ao analisar a trajetória de uma empresa — em especial a pressão do Estado sobre ela —, muitas vezes, observa-se que o framework jurídico funciona mais como um gargalo que estrangula o negócio, fenômeno que ocorre em todo o mundo. Esse cenário só não é pior no Brasil graças ao Simples Nacional, que, mesmo impondo um limite ao crescimento do empreendimento, conta com um conjunto de regras que fornece um ambiente propício ao empreendedor brasileiro. Essa é a observação de Diogo Costa, CEO do Instituto Millenium.
O instituto levantou dados sobre o País para o Índice de Burocracia da América Latina, em parceria com mais 17 países, com o objetivo de suprir o vácuo de informações deixado pela extinção do relatório Doing Business (do Banco Mundial).
Em entrevista ao Canal UM BRASIL — uma realização da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) —, Costa afirma que a intrincada teia de obstáculos que envolve o empreendedorismo e a inconstante insegurança jurídica fazem do Brasil um país hesitante para os responsáveis pelas decisões de investimento na hora de iniciar ou expandir os negócios. “O excesso de regras — muitas impraticáveis, ou difíceis de serem aplicadas, e outras reinterpretadas conforme a conjuntura política — impede que a Nação leve adiante grandes projetos”, destaca.
“Há, na Ciência Política, o termo ‘vetocracia’, que explica que, em várias democracias, há um exagero nos pontos de veto para iniciativas empreendedoras O emaranhado de indivíduos e comitês que têm o poder de negar uma proposta é excessivamente amplo. O que ocorre é que, justamente quando um empreendedor acredita ter superado um obstáculo, outro surge, interrompendo abruptamente a execução do projeto. No contexto brasileiro, a situação é ainda pior. Como as interpretações das regras mudam várias vezes, isso nos torna uma ‘hesitocracia’”, adverte Diogo Costa, CEO do Instituto Millenium. “A própria insegurança jurídica é uma inimiga da produtividade e da capacidade de prosperar.”
Problemas crônicos
Ainda segundo Costa, apesar de, atualmente, dispormos muito mais de tecnologia e engenharia do que no passado, enfrentamos mais dificuldade para tirar grandes projetos do papel. “Isso se dá por causa do ambiente regulatório nacional. Os problemas são tão crônicos que se tornam invisíveis.”
“Precisamos que haja diálogo entre setores público e privado para que as empresas possam trazer as inovações que necessitamos à infraestrutura brasileira. O Brasil deve se atentar para o que dá escala, e isso ocorre quando há boas parcerias entre ambos os setores”, salienta.
Problemas crônicos
Ainda segundo Costa, apesar de, atualmente, dispormos muito mais de tecnologia e engenharia do que no passado, enfrentamos mais dificuldade para tirar grandes projetos do papel. “Isso se dá por causa do ambiente regulatório nacional. Os problemas são tão crônicos que se tornam invisíveis.”
“Precisamos que haja diálogo entre setores público e privado para que as empresas possam trazer as inovações que necessitamos à infraestrutura brasileira. O Brasil deve se atentar para o que dá escala, e isso ocorre quando há boas parcerias entre ambos os setores”, salienta.
Assista o vídeo aqui https://youtu.be/wTTsxu2FrQg

